sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

PROCESSOS SÃO JUGADOS NO CONAR EM ATÉ 90 DIAS

Em entrevista ao Meio & Mensagem, o presidente Gilberto Leifert avalia a atuação e a repercussão das decisões do órgão.
Alexandre Zaghi Lemos - 23/02/2012

Interação com a sociedade será um dos principais objetivos do Conar, segundo presidente do Conselho

Crédito: DivulgaçãoO Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) julgou 366 processos em 2011 e instaurou 325 representações movidas pelo próprio órgão, por consumidores, autoridades ou anunciantes – não é incomum o número de julgamentos ser maior, pois muitos processos instaurados em um ano só são discutidos no exercício seguinte. Apesar de casos de grande repercussão, como os de Gisele Bündchen nos comerciais de Hope, dos Pôneis Malditos da Nissan e das Mulheres Evoluídas de Bombril – todos arquivados sem alterações nas campanhas – darem a impressão de um ano de mais trabalho para o Conar, o total de processos abertos em 2011 foi o menor desde 2006. Também caiu o número de julgamentos, que totalizaram 402 em 2010. No ano passado, o setor campeão de punições foi o de telefonia.
O diretor de relações institucionais da Rede Globo, Gilberto Leifert, preside o Conar desde 1998 e está no sétimo mandato consecutivo, que termina no final deste ano. Entre os principais feitos de 2011, ele lista a edição das normas para publicidade com apelos de sustentabilidade e a instalação da 8º Câmara do Conselho de Ética, com sede em Recife. Seus planos para 2012 incluem a ampliação no número de associados e a renovação do site do Conar, para incentivar a interação com a sociedade. Leia, a seguir, a entrevista concedida por Leifert ao Meio & Mensagemsobre as atividades do órgão.

MEIO & MENSAGEM ›› Para o senhor, quais são os destaques da atuação do Conar ao longo de 2011?GILBERTO LEIFERT ›› O ponto de destaque foi a edição das novas normas para publicidade com apelos de sustentabilidade. As normas originais, tão antigas quanto o próprio Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária, foram perfeitamente úteis por mais de trinta anos mas sentimos que, com o crescimento da sensibilidade das pessoas para com uma questão tão relevante para o futuro de todos, era preciso detalhar as normas, garantindo que apelos de sustentabilidade não sejam de forma alguma banalizados. Não havia, portanto, um problema agudo a ser enfrentado mas achamos conveniente dar-lhe relevância e demonstrar a preocupação ética com o tema.

Outro momento importante foi a instalação da 8ª Câmara do Conselho de Ética do Conar, com sede em Recife, reconhecendo a pujança da economia do Nordeste, que se reflete na publicidade que se faz na região. No mais, seguimos nosso trabalho de defesa da liberdade de expressão comercial, além de aprimoramentos pontuais na tramitação dos processos éticos. M&M ›› Comparando a quantidade de processos julgados em 2011 com o realizado em anos anteriores, como o senhor avalia a atuação do Conar no ano passado?LEIFERT ›› Foram julgadas 366 representações éticas em 2011, número que fica na média, quando comparado a anos anteriores. Quanto à nossa estrutura, está adequada à demanda, usando cada vez mais recursos de informática e atendendo a um número sempre crescente de consultas da sociedade e fornecendo consultoria aos nossos associados.M&M ›› No ano passado, houve grande repercussão pública de casos como os da Nissan e das cervejas Proibida e Devassa. A que fatores o senhor atribui a maior visibilidade dos julgamentos do Conar? LEIFERT ›› Ao conhecimento cada vez maior que a sociedade tem do Conar e dos seus canais de comunicação. Vivemos uma época na qual, felizmente, as pessoas se sentem à vontade para expor as suas opiniões e exercer os seus direitos. A publicidade criou e aprimorou uma forma bastante simples e eficiente para que a sociedade reclame da atividade quando desejar; logo, o que vemos, é apenas a materialização de um trabalho cultivado por todo o mercado publicitário há mais de trinta anos e o resultado da transparência (site, boletins etc.) perseguida obstinadamente. M&M ›› Atualmente, qual é o tempo médio entre a abertura de um processo e o seu julgamento final?LEIFERT ›› Os processos éticos, em média, são julgados em torno de 90 dias, incluindo os eventuais recursos. Temos mantido este prazo nos últimos anos, graças à incorporação de mais e mais recursos de informática e também à disposição dos 180 membros do Conselho de Ética que, sempre é importante lembrar, trabalham para o Conar em regime totalmente voluntário. M&M ›› Uma das principais críticas à atuação do Conar é o fato de que, muitas vezes, o julgamento final ocorre quando a campanha em questão já não está mais no ar. Muitas empresas inclusive fazem ações polêmicas já sabendo de antemão que a veiculação será curta. É possível modificar esta situação? LEIFERT ›› Esta crítica não leva em consideração o fato de o Conar poder agir, quando necessário, por meio de medida liminar de sustação. Com este instrumento, é possível suspender um anúncio nos meios eletrônicos no mesmo dia da abertura do processo. No caso da mídia impressa, podemos agir em espaço de tempo igualmente curto, respeitando o ciclo próprio de cada veículo.

Claro que situações que exigem medidas liminares são raras, mas elas ocorrem. O que não pode ocorrer, em hipótese alguma, é a censura prévia e o prejuízo ao direito de defesa do anunciante e sua agência. No Conar, nenhum anúncio é julgado e condenado antes do devido processo. Quanto aos casos em que anunciantes e agências buscam mídia espontânea, o constrangimento próprio da situação me impede de comentar. Lembro, porém, que o aparente sucesso é fugaz e hoje todos reconhecem que a sociedade, cada vez mais, dá valor a padrões éticos de comportamento e os exigem de autoridades, agentes públicos, instituições, empresa etc.

M&M ›› Há casos em que empresas – como ocorreu com recentemente com Ford e a Ambev – recorrem também à Justiça em suas queixas contra campanhas de concorrentes – no caso Nissan e Kaiser. Como o Conar avalia a postura dos anunciantes que vão à Justiça? LEIFERT ›› São casos igualmente raros, geralmente quando o anunciante e sua agência buscam uma reparação indenizatória que o Conar, por ser fundado nos princípios da autorregulamentação, não pode arbitrar. As esferas de competência judicial e ética não se confundem e tanto o Conar respeita a Justiça como o Ministério Público e o Judiciário, incontáveis vezes, recorrem à autorregulamentação publicitária.M&M ›› De maneira geral, o público desconhece a maneira como trabalha o Conar. O fato fica mais evidente nas redes sociais quando o simples anúncio de abertura de processo gera críticas de “censura”, como no caso dos Pôneis Malditos. Como o Conar trabalha o entendimento público de sua atuação? LEIFERT ›› Fazemos a nossa parte: realizamos campanhas publicitárias regulares, disponibilizamos o site oficial e publicamos boletins e livros que dão total e completa visibilidade tanto aos casos julgados no Conselho de Ética quanto as ideias que defendemos. Mantemos interlocução permanente com a imprensa, com as escolas de comunicação, entidades representativas dos consumidores e sempre participamos dos debates sobre a liberdade de expressão comercial, inclusive no âmbito dos Três Poderes. Quanto às redes sociais, como elas transigem diante do anonimato, pode haver desvio do foco das análises e observações críticas, até construtivas e aproveitadas. M&M ›› Foram introduzidas em agosto do ano passado novas regras para a publicidade que trata de sustentabilidade. Como o senhor avalia a forma com que agências e anunciantes passaram a tratar o tema desde então? LEIFERT ›› As novas normas, como as demais atualizações do Código, já nasceram respeitadas, tanto assim que são poucos os questionamentos levados ao Conselho de Ética envolvendo apelos de sustentabilidade. M&M ›› O Conar tem planos para realizar alguma pesquisa ou estudo sobre a repercussão de seu trabalho? LEIFERT ›› Temos acompanhamentos rotineiros dessa natureza, que nos indicam uma imagem positiva da instituição, avaliada pelos comentários, citações e menções na imprensa e nas redes sociais.

Quanto à efetividade da ética publicitária, é importante lembrar que tem sido costumeiramente muito baixo o número de reclamações de consumidores aos Procons de todo o Brasil sobre peças publicitárias. Em 2010, último levantamento disponível, menos de 2% das 122 mil reclamações visavam a publicidade, segundo as estatísticas do Sindec, Sistema Nacional de Informações de Defesa do Consumidor, do Ministério da Justiça. Fica comprovado, assim, que o consumidor não vê a publicidade como um problema e que o sistema misto legislação-autorregulamentação está funcionando a contento.

M&M ›› O ano de 2012 é o último do seu sétimo mandato na presidência do órgão. Quais são os principais planos para este exercício que se inicia? LEIFERT ›› Queremos ampliar o número de associados, tanto de anunciantes quanto de agências e veículos, fazendo crescer nossa base de sustentação, tanto nos grandes centros como nos novos polos de desenvolvimento do mercado publicitário. Também estamos ultimando uma renovação do nosso site, para ampliar a exposição do que fazemos e incentivar a interação com a sociedade e explorar ainda mais os recursos de informática na tramitação e solução dos processos.
 
Enviado por: Marco Antônio Frabetti
Postado por: Edson Paiva

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

VAGA PARA ATENDIMENTO E ORÇAMENTO EM AGÊNCIA DE PUBLICIDADE LOCALIZADA EM OSASCO


Estamos com uma vaga em aberto de atendimento e orçamento.

Estamos oferecendo:

 Salário de …………………………………………..R$1.037,00 por mês;
 Incentivo a quem estiver fazendo faculdade de  R$    100,00 por mês;
 Visa vale de ……………………………………….. R$    60,00 por mês;
 Vale alimentação de ……………………………… R$    10,00 por dia;
 Vale transporte;
 Participação nos lucros da empresa (PLR);
 Seguro de vida;
São esses benefícios para quem quiser iniciar.

Não precisa ter experiência de trabalho, mas precisa saber informática (Excel, Word, PowerPoint), sexo masculino, ser comprometido, organizado e ter muito interesse e vontade em aprender.

Enviar Curriculo para: 
nunescampelo@ctznet.com.br

Postado por: Edson Paiva

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

OPORTUNIDADES DE ESTÁGIO

A Inrise RH recruta Estagiário de Marketing, para trabalho em escritório de advocacia, localizado na Mooca em  São Paulo - SP.

Principais funções:
 Foco em metas e estruturação de departamento;
 Divulgação da empresa;
 Acompanhamento e revisão no desenvolvimento de materiais de divulgação;
 Atualização de site, com busca e inserção de notícias;
 Elaboração e disparo de e-mail marketing;
 Inserção de notícias, informes e artigos em  redes sociais;
 Elaboração, controle e solicitação de material institucional (folders, cartões, brindes, etc.);
 Prospecção e fidelização de clientes;
 Relacionamento com  clientes;
Requisitos:
 Cursando Superior em  Marketing, Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas;
 Bons conhecimentos de Internet, Word, PowerPoint, Outlook;
 Perfil negociador;
 Habilidades com o público;
 Bons relacionamentos com fornecedores;
 Boa comunicabilidade e objetividade;
 Excelente redação;
 Estudantes que residam ou estudam  nas proximidades.•.
Bolsa auxílio:
 R$ 800,00
Benefício:
 Vale transporte;
 Vale refeição.
Forma de contratação:
 Estágio
Local de trabalho:
Período e horário de trabalho:
 De segunda a sexta-feira (horário indiferente).
Local de trabalho:
 São Paulo – Mooca
Interessados deverão enviar CV, citando o nome da vaga no “Assunto/Subject” do e-mail, exclusivamente para: recrutamento@inriseconsultoria.com.br

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A Inrise RH recruta Estagiário de Marketing, para trabalho em escritório de advocacia, localizado próximo ao Metrô Consolação em  São Paulo - SP.

Principais funções:
 Foco em metas e estruturação de departamento;
 Divulgação da empresa;
 Acompanhamento e revisão no desenvolvimento de materiais de divulgação;
 Atualização de site, com busca e inserção de notícias;
 Elaboração e disparo de e-mail marketing;
 Inserção de notícias, informes e artigos em redes sociais;
 Elaboração, controle e solicitação de material institucional (folders, cartões, brindes, etc.);
 Prospecção de clientes;
 Fidelização de clientes;
 Relacionamento com clientes.
Requisitos:
Cursando Superior em Marketing, Publicidade e Propaganda ou Relações Públicas;
 Bons conhecimentos de Internet, Word, PowerPoint, Outlook;
 Perfil negociador;
 Habilidades com o público;
 Bons relacionamentos com fornecedores;
 Boa comunicabilidade e objetividade;
 Excelente redação;
 Não fumante;
 Estudantes que residam ou estudem nas proximidades.
Bolsa auxílio:
 R$ 900,00
Benefícios:
 VT
Forma de contratação:
 Estágio
Período e horário de trabalho:
 De segunda a sexta-feira das 12 às 18 horas
Local de trabalho:
 Metro Consolação – São Paulo
Interessados deverão enviar CV, citando o nome da vaga no “Assunto/Subject” do e-mail, exclusivamente para: recrutamento@inriseconsultoria.com..br

Postado por: Edson Paiva

domingo, 12 de fevereiro de 2012

DEVASSA VEICULA TEASER DE CARNAVAL

Conversa de boteco sobre o assunto do momento. É com esse teaser que tem início a nova campanha publicitária da marca Devassa, criada pela agência Mood. Reunidos num bar, os amigos Leandro Hassum, Bento Ribeiro e Hélio de La Peña especulam sobre o assunto que já foi discussão nacional nos últimos dois anos e voltou à tona meses antes da folia: quem será a nova garota Devassa?

Os três humoristas têm um “clique” e repetem juntos “Já sei!”. É aí que surge a “pessoa misteriosa”, reverenciada pelos amigos como “mestre da pegação” e “milorde”. Será tarefa dele escolher a nova garota-propaganda da marca. O comercial de 30’’ vai ao ar agora à noite em rede nacional. [Filme: http://www.youtube.com/bemdevassa].

Fonte: Revista Fator
Enviado por: Marco Antônio Frabetti
Postado por: Edson Paiva

domingo, 5 de fevereiro de 2012

CACHORRO É A NOVA ARMA DA VOLKSWAGEN

Anunciante aposta em um pet para superar Darth Vader no Super Bowl.

Cachorro acima do peso dá o tom emocional a campanha
Depois do sucesso esmagador do comercial The Force, da Volkswagen, exibido no Super Bowl de 2011, a marca agora usa um pet para chamar a atenção do público. No filme, o tom emocional impera, comcenas em que um cachorro faz esforço para emagrecer e conseguir acompanhar o carro da marca. Ao final, alguns dos personagens de “Guerra nas Estrelas” reaparecem. Inclusive Darth Vader.

http://www.youtube.com/watch?v=0-9EYFJ4Clo

Enviado por: Marco Antônio Frabetti
Postado por: Edson Paiva

EMPREGOS

VAGA EM PUBLICIDADE

Atendimento - Início em Fevereiro/2012
Criaderia Agência de Comunicação
São Paulo - SP
Requisitos:
· Profissional dinâmico, com jogo de cintura e detalhista.
· Experiência de pelo menos 2 anos como atendimento em agência, para acompanhamento das campanhas e das contas da agência, reunião com clientes, elaboração de briefing criativo e interface com as demais áreas da agência.
· É necessário ter ensino superior completo em Publicidade e Propaganda.
· Desejável ter conhecimento intermediário do idioma inglês.
A agência está localizada em São Paulo, no bairro de Perdizes.
Remuneração: a combinar, compatível com o mercado.
Benefícios: Vale transporte e vale refeição.
Regime de contratação CLT (efetivo).
Os currículos devem ser enviados para contato@criaderia.com.br
Prazo para envio dos currículos: 15/02/2012


VAGA EM PUBLICIDADE
Redator Júnior
Empresa: Puzzle Creative Thinking
Local: São Paulo - SP
Descrição:
• Criação de textos e conteúdo para sites blogs, redes sociais (posts, entrevistas, artigos);
• Print (catálogos, revistas, folhetos);
Requisitos:
• Ser ávido leitor de blogs, ter bons conhecimentos de diferentes redes sociais.
• Experiência na área será considerado um diferencial.
• Formado em Publicidade.
Salário e benefícios: a combinar.
Horário: 9h30 às 19h30.
Local: Aclimação / Próximo ao metrô paraíso.
Contato: Marina (marina@puzzlemail.com)
Deadline da seleção de vaga: 15/02.
Enviar currículo, portfólio, blog (se tiver) e pretensão salarial para o e-mail especificado.

Postado por: Edson Paiva

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

REGULAMENTAÇÃO DE PUBLICIDADE DE MEDICAMENTOS

A Resolução RDC 96/08, que propunha nova regulamentação publicidade de medicamentos, foi considerada insconstitucional pelo juiz Tales Krauss Queiroz, da 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Brasília. Em sua decisão, o magistrado afirma que “a agência estava extrapolando suas atribuições e infringindo legislação já existente sobre publicidade e propaganda de medicamentos”. O juiz ressalta que a resolução da Anvisa ofende o princípio da legalidade, por criar obrigações sobre propaganda e publicidade de medicamentos que, de acordo com a Constituição, apenas poderiam ser disciplinadas por lei, ou seja, pelo poder legislativo.
A anulação da RDC tem como base a Lei 9.294/96 que já restringe o uso e a propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4° do art. 220 da Constituição Federal. Na prática, a suspensão dos efeitos da RDC já havia sido deferida no ano passado, em antecipação de tutela, pela Juíza Federal da 20ª Vara da Seção Judiciária de Brasília, Marina Rocha Cavalcanti Barros, que havia determinado que a Anvisa deixasse de aplicar aos associados da ABRA qualquer penalidade por eventual descumprimento da RDC 96/08 até o julgamento final da ação. Mesmo com a decisão final de Tales Krauss Queiroz, ainda cabe recurso ao Tribunal Regional Federal da 1° Região.

Enviado por: Marco Antônio Frabetti
Postado por: Edson Paiva

SBT SERÁ MULTADO POR PUBLICIDADE INFANTIL IRREGULAR

O SBT será multado em R$ 1 milhão por publicidade disfarçada em programa infantil. A decisão foi do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça e publicada hoje no Diário Oficial da União. A avaliação é de que a prática ocorre quando, em jogos por telefone, os apresentadores anunciam a marca dos prêmios em vez dos nomes dos produtos.
A nota do DPDC não cita nomes, mas os programas são Bom Dia & Cia e Carrossel Animado. O primeiro é apresentado, em alguns dias da semana, pela estrela mirim Maísa Alves e, em outros, pela dupla adolescente Yudi Tamashiro e Priscilla Alcântara. Os palhaços Patati e Patatá estão à frente do segundo. Esta é a primeira vez que uma empresa é multada por publicidade infantil.
A análise é de que o consumidor infantil está muito mais vulnerável às peças de publicidade. E a alegação do DPDC é de que "a publicidade deve ser veiculada de tal forma que o consumidor, fácil e imediatamente, a identifique como tal", como indica o artigo 36 do Código de Defesa do Consumidor (CDC). "Nos programas infantis do SBT, os apresentadores anunciam a marca dos prêmios em vez dos nomes dos produtos, o que descumpre o código", afirma a nota.
O DPDC cita ainda o parágrafo 2º do artigo 37 do código, que classifica como abusiva, dentre outras, a publicidade que se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança. "É proibida toda publicidade abusiva." De acordo com a decisão, os produtos são mostrados de forma recorrente na tela, causando estímulo visual nas crianças. O departamento alega também que os apresentadores utilizam o diálogo informal e o elogio a determinados produtos, tais como: "Tal brinquedo é muito legal! Você vai se divertir muito!", em referência clara a uma marca específica.
Merchandising
De acordo com o DPDC, o Conselho Nacional de Autorregulação Publicitária (Conar), responsável pelas normas éticas aplicadas à publicidade brasileira, entende o merchandising como técnica permitida, mas o submete aos princípios da identificação. "Isso significa dizer que a técnica deve ser facilmente percebida como publicitária, o que não ocorre nos programas infantis multados."
"A publicidade exerce enorme influência na vida das pessoas, seus hábitos, comportamentos, ideias e valores; portanto, o fornecedor tem uma grande responsabilidade ao transmitir mensagens publicitárias aos consumidores, em especial ao público infantil", explicou a diretora do DPDC, Juliana Pereira, por meio de nota.
O valor da multa, segundo o departamento, leva em consideração a gravidade e a extensão da lesão causada a milhares de consumidores em todo o País, a vantagem recebida e a condição econômica da empresa. O depósito deverá ser feito em favor do Fundo de Defesa de Direitos Difusos do Ministério da Justiça, que apoia projetos ligados a temas como meio ambiente, defesa da concorrência e do consumidor.
O processo administrativo foi instaurado em abril deste ano a partir de análises do Grupo de Trabalho de Comunicação Social do Ministério Público Federal, do qual participam, além do DPDC, o Departamento de Justiça, Classificação, Títulos e Qualificação da Secretaria Nacional de Justiça, Ministério da Justiça, e entidades civis.

Fonte: http://www.bol.com.br/ 11/10/2011
Postado por: Edson Paiva